TEOLOGIA
TEOLOGIA


 

 
PREGAÇÃO E ENSINO; ENSINO E PREGAÇÃO
 
 
É muito comum encontrarmos cristãos, afirmando que a missão da igreja é pregar o evangelho. Não há erro em se expressar assim, porém, a afirmação parece ser sintética demais quando refletimos sobre a Grande Comissão.
Lançando o nosso olhar para o ministério de Jesus Cristo, não é difícil percebermos nos relatos neotestamentários, que o Mestre diante do povo, pregava ensinando e, em ensinando, pregava. Essa dinâmica de Jesus é uma marca singular na sua comunicação dialógica com o povo como também na tarefa de mentoreamento aos seus discípulos.
Assim, logo que chegou o momento da formação da Grande Comissão, Jesus foi apto em considerar as duas vertentes do seu ministério, que chamo aqui academicamente de teológico-pedagógica e vice-versa, ou seja, - não há como dissociar pregação de ensino e nem ensino de pregação. É algo muito interessante na hábil didática do Mestre.
Portanto, cabe aqui um questionamento: será que os cristãos, de modo geral, na condição de discípulos, fazem a intrínseca correlação do significado da ordem imperativa com o ministério do Mestre? É uma questão a ser considerada, conforme Mt 28.19,20 “Portanto, ide fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
É claro que não estou fazendo uma exegese do referido texto, porém, a expressão fazer discípulos, complementada com a ordenança do batismo, está anunciado o ministério da pregação, tanto para com aqueles que são chamados para uma missão específica – como a pastoral, mas também como ordem geral – que é estendida para todo aquele que se torna discípulo e que tem missão de fazer novos discípulos.
A pergunta que faço é: como você entende essas duas dimensões do ministério de Jesus, bem como a aplicação no seu dia a dia? A meu ver, o Mestre nos convocou a ser mais do que pregadores ou ensinadores; mais que cristãos templocentristas. Com isto não estou contra os templos, pelo contrário, devemos ter cuidado para não reduzir a nossa missão a eles, mas considerar o que o Mestre nos advertiu – "o campo é o mundo"; por outro lado, somos convocados pelo Mestre a pregar e ensinar – como estilo de vida, independentemente do lugar onde nos encontramos. Pense nisso!
 
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PONTO DE VISTA

Por: Uilson Oliveira
 
A SECULARIZAÇÃO DA IGREJA VERSOS TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
 
         A secularização da igreja acontece no tempo e no espaço.  Não quero entrar em detalhes acerca de discussões teóricas, mas esboçar um parecer sobre os desgastes sofridos pela igreja genuinamente cristã, levando em consideração o contexto atual da tão propagada teologia da prosperidade.
         Convém aqui um plausível questionamento: Que tem a ver uma coisa com a outra? A secularização da igreja vem atravessando os séculos e encontra pelo caminho para lhe dar as mãos, a propagada teologia da prosperidade. Saliento desde já, que essa teologia em verdade não é uma teologia no sentido conceitual nem semântico, vez que sua etimologia fica no campo do modismo e do interesse daqueles que se escondem atrás das cortinas de vácuos religiosos, jamais do amparo da doutrina teológica verdadeira e de seus pressupostos teóricos fundamentais e metodológicos que a distingue em seu objeto de conhecimento ao longo dos séculos, não obstante seu caráter interdisciplinar.
         É lamentável, atualmente, olharmos a nossa volta e constatarmos à luz da palavra de Deus, que há um mercado  do “dando é que se recebe”, alastrando-se a largos passos por todas as partes do mundo. No Brasil, o Nordeste e, especialmente a Bahia, em seus bolsões de pobrezas e distanciamento do conhecimento formal, – resultante da não oportunidade à educação, é que muitos dos nossos compatriotas são enganados por falsas promessas de muitos “espertalhões religiosos” que nada podem oferecer, senão as conhecidas promessas de riquezas, de curas, de empregos, de negócios, etc., sob a alegação de que Deus é rico  e como é que seus filhos podem ser pobres! São argumentos assim, em nome de promessas que muitas pessoas são enganadas, ficando mais pobre do que o que já é.
         Fica aqui, o meu registro. Não se deixe enganar.  Muito daquilo que parece ser não é. É preciso ser vigilante e comedido, pois a palavra de Deus nos adverte acerca dos falsos profetas – e daquele que está por traz das falsas riquezas. Não se pode agradar a Deus e a Mamon. Em outras palavras a Bíblia diz que o nosso adversário está ao derredor, bramando como leão procurando a quem possa tragar. A palavra de ordem é: VIGILÂNCIA sempre.
 
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